Palmeiras Enfrenta Decisão Judicial para Demolição de CT em Guarulhos

A Justiça de São Paulo ordenou a demolição da Academia de Futebol 2, centro de treinamento das categorias de base do Palmeiras, localizado em Guarulhos. A decisão, proferida pelo juiz Rafael Carvalho de Sá Roriz, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Guarulhos, atende a uma ação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) iniciada em 2012. O clube, no entanto, já anunciou que irá recorrer.

Construído após um acordo com o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) em 1998, o centro de treinamento foi inaugurado em 2002 e se tornou um ponto estratégico para o desenvolvimento de jovens talentos. Mas o futuro do local agora está em xeque, e o Palmeiras se prepara para uma batalha judicial.

Os Motivos da Decisão Judicial

De acordo com a ação movida pelo MPSP, o Palmeiras não cumpriu com as contrapartidas estabelecidas no acordo, como a instalação de um posto de vigilância 24 horas. A falta de fiscalização teria levado à degradação ambiental na área, uma preocupação levantada pelo Ministério Público.

Acusações de Degradação Ambiental

A ação judicial destaca que a ausência de vigilância adequada resultou em diversos problemas ambientais. O MP alega que a área sofreu danos devido à falta de controle sobre a entrada de materiais e veículos, o que teria prejudicado o ecossistema do Parque Ecológico do Tietê, onde o CT está localizado.

Defesa do Palmeiras

O Palmeiras, em sua defesa, argumenta que, antes da construção do centro, a área funcionava como um “depósito irregular de lixo”. Desde então, o clube afirma ter transformado o local em um modelo de formação de atletas e cidadãos, além de garantir a segurança e manutenção contínua da região.

Palmeiras Promete Recorrer

A diretoria do Palmeiras reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento das categorias de base e o respeito às instituições judiciais. O clube expressou sua intenção de recorrer da decisão em primeira instância, confiando na possibilidade de reverter o veredito desfavorável.

Em comunicado oficial, o clube destacou que as atividades realizadas no CT não causam danos ao meio ambiente e que um novo acordo com o DAEE, firmado em 2018, reforça essa posição. O Palmeiras também mencionou os esforços contínuos para manter a área protegida e limpa, contrariando as alegações do Ministério Público.

O futuro do CT em Guarulhos ainda é incerto, mas o Palmeiras está determinado a lutar para preservar um dos pilares do seu projeto de formação de jovens atletas. Resta aguardar os próximos capítulos dessa disputa judicial que pode redefinir o planejamento do clube para suas categorias de base.