Brasileiros Querem Investir em Clubes de Futebol na Bolsa

Uma pesquisa recente revelou que 48% dos brasileiros estariam dispostos a investir em clubes de futebol caso suas ações fossem disponibilizadas na bolsa de valores. O estudo, encomendado pela CBF Academy em parceria com a AtlasIntel, será apresentado nesta quarta-feira durante o evento CBF Summit.

Realizada entre 1 e 14 de março de 2024, a pesquisa contou com 4.445 entrevistados e possui uma margem de erro de 1 ponto percentual, com 95% de nível de confiança. Esses números indicam que a entrada dos clubes na B3, a bolsa de valores de São Paulo, poderia revolucionar o financiamento do futebol no Brasil.

A Transformação do Futebol na Bolsa de Valores

O relatório sugere que a possibilidade de clubes de futebol serem negociados na bolsa pode “redesenhar o modelo de financiamento no futebol”.

De acordo com os dados, 23,5% dos torcedores, ou cerca de 48 milhões de brasileiros, demonstraram interesse em investir em ações de clubes. Marcelo Rotenberg, Diretor de Políticas Públicas na AtlasIntel, comentou que essa poderia ser uma nova forma de capitalização para os clubes, além de aumentar significativamente o número de investidores na bolsa.

Interesse Crescente dos Torcedores

Atualmente, o Brasil possui cerca de 5 milhões de investidores pessoa física. Entre os torcedores dispostos a investir, aproximadamente 3,8 milhões estariam prontos para aplicar mais de R$ 5.000.

A pesquisa indica que essa movimentação não seria apenas um reflexo do tamanho da torcida, mas também da percepção de gestão e estabilidade esportiva dos clubes.

Clubes que Despertam Maior Interesse de Investimento

Um gráfico da AtlasIntel destaca quais clubes atraem mais o interesse financeiro dos torcedores.

O Flamengo lidera a lista, com 43,3% dos entrevistados afirmando que comprariam ações do clube. Em seguida, aparecem Palmeiras (37%) e Bragantino (35,7%). O São Paulo (32,8%), Fluminense (32,7%) e Botafogo (30,5%) também figuram entre os mais desejados.

Segundo a análise da CBF Academy, esses resultados indicam que a intenção de investimento está ligada não só ao tamanho da torcida, mas também à percepção pública sobre a gestão e a imagem institucional dos clubes.

Com a crescente disposição dos torcedores em investir, o mercado do futebol no Brasil pode estar à beira de uma transformação significativa. Resta saber como os clubes e investidores vão se adaptar a esse novo cenário promissor.