CBF Apresenta Novo Sistema para Regular Finanças dos Clubes Brasileiros

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) lançou nesta quarta-feira, 26, um inovador Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF) destinado a reformular as finanças do futebol nacional. Inspirado em práticas internacionais de Fair Play Financeiro, o modelo estabelece diretrizes claras para a gestão de dívidas, controle de gastos com elenco e equilíbrio operacional dos clubes. Com previsão de implementação gradual a partir de 2026, o SSF promete revolucionar o cenário financeiro dos clubes brasileiros.

Para garantir a eficácia do novo sistema, a CBF contará com a Agência Nacional de Regulação e Sustentabilidade do Futebol (ANRESF), uma entidade independente que terá a missão de monitorar o cumprimento das regras, além de aplicar as devidas sanções aos clubes que não seguirem as normas estabelecidas. Curioso para saber como isso vai impactar o seu time do coração? Continue lendo!

Pilares do Sistema de Sustentabilidade Financeira

O Fair Play Financeiro brasileiro se fundamenta em quatro pilares principais: controle de dívidas em atraso, equilíbrio operacional, controle de custos com elenco e capacidade de endividamento de curto prazo. Esses elementos foram inspirados em modelos já consolidados em ligas europeias, como as da Inglaterra e Espanha, mas com um toque adaptado à realidade brasileira.

Controle de Dívidas e Equilíbrio Operacional

Um dos pontos centrais do SSF é a fiscalização das dívidas dos clubes, que ocorrerá três vezes ao ano. Além disso, jogadores e clubes terão a possibilidade de denunciar atrasos de pagamento diretamente à ANRESF. As dívidas anteriores a 2026 devem ser quitadas até 30 de novembro de 2026, enquanto as posteriores já estarão sob o novo regime.

O equilíbrio operacional também será um foco do sistema. Os clubes deverão fechar o ano com um superávit operacional, e a análise será feita a cada três anos. Clubes que apresentarem déficits consecutivos estarão sob monitoramento rigoroso, com regras específicas para as Séries A e B.

Gestão de Custos com Elenco e Endividamento

O controle de custos com elenco será outro desafio para os clubes. A partir de 2028, os gastos com salários e outros encargos não poderão ultrapassar 70% das receitas para a Série A e 80% para a Série B. Essa medida visa garantir uma gestão mais equilibrada e sustentável.

Já no quesito endividamento de curto prazo, a meta é que a dívida líquida não ultrapasse 45% das receitas relevantes até 2030. Esse controle será implementado gradualmente, com ajustes anuais até a estabilização das finanças.

Impacto e Expectativas para o Futebol Nacional

O presidente da CBF, Samir Xaud, destacou a importância do SSF como uma ferramenta de justiça e proteção ao esporte. “Nosso sistema de sustentabilidade financeira será mais do que uma medida administrativa. Ele vai assegurar que os clubes possam competir de forma justa, que os atletas recebam seus salários em dia e que os torcedores mantenham a confiança em seus times”, afirmou.

Com a chegada de investimentos estrangeiros e a implementação das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs), o futebol brasileiro vive um momento de transformação. A expectativa é que o SSF traga mais estabilidade e credibilidade ao esporte, alinhando os clubes nacionais aos padrões internacionais de gestão financeira.

Essa iniciativa promete não só melhorar a saúde financeira dos clubes, mas também elevar o nível de competitividade do futebol brasileiro, garantindo um futuro mais promissor para o esporte mais amado do país.