Repórter Pé-Quente: Três Libertadores e Muitas Histórias
Não é comum jornalistas serem notícia, mas às vezes a trajetória de alguém merece destaque. Em pouco mais de dois anos no GLOBO, minha carreira foi marcada por cobrir três finais de Libertadores, um feito raro e especial. De Rio a Buenos Aires e Lima, acompanhei Fluminense, Botafogo e Flamengo em suas conquistas históricas. Embora não tenha entrado em campo, me senti parte de cada uma dessas vitórias.
O Início de Uma Carreira Promissora
Minha jornada no jornal começou em 2023, quando um estágio se transformou em meu primeiro emprego. Como repórter esportivo, o ponto de partida foi o Fluminense. Quando me ofereceram o posto de setorista do clube no final de julho daquele ano, aceitei sem hesitar. Mal sabia eu que, em novembro, estaria no Maracanã para cobrir a final da Libertadores entre Fluminense e Boca Juniors. Ao lado de uma colega experiente, testemunhei John Kennedy fazer história. A sensação era de que todas as luzes do mundo estavam voltadas para aquele estádio.
Do Botafogo à Glória Internacional
No ano seguinte, minha cobertura foi para o Botafogo, um clube que vinha de um período difícil. Minha primeira visita ao Nilton Santos foi marcada por uma derrota para o Junior Barranquilla. Com o tempo, a sorte do time mudou e, após uma série de vitórias, me vi a caminho de Buenos Aires para a final contra o Atlético-MG. Foi minha primeira viagem internacional, e testemunhar a vitória do Botafogo no Monumental de Núñez foi inesquecível. Dediquei esse momento ao meu avô Francisco, que sempre sonhou com esse dia.
Encerrando o Ciclo no Flamengo
Em 2025, aos 25 anos, aceitei o desafio de cobrir o Flamengo, um clube onde tudo ganha proporções gigantescas. A campanha na Libertadores foi cheia de emoções, com vitórias suadas e momentos de tensão. Estive em Lima para a final contra o Palmeiras, onde vi o Flamengo conquistar mais um título. Assinar reportagens que serão lembradas por décadas é um dos maiores prazeres da profissão.
Agora, com três títulos de Libertadores na bagagem, amigos brincam que sou um “amuleto”. Com o Vasco no horizonte, quem sabe o que 2026 reserva? O importante é continuar contando histórias que emocionam e fazem parte da nossa paixão pelo futebol.