Internacional

Facções Criminosas na América Latina: Infiltração e Influência Política

05. dezembro. 2025
3. Min. de leitura
Facções Criminosas na América Latina: Infiltração e Influência Política

Facções Criminosas na América Latina: Infiltração e Influência Política

No mais recente relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), a crescente ameaça do crime organizado na América Latina foi destacada como uma preocupação global. As facções criminosas da região não apenas expandem sua influência territorial, mas também se infiltram nas estruturas políticas e institucionais, desafiando a estabilidade de países como Colômbia e México.

O relatório do IISS aponta que, enquanto grupos terroristas islâmicos como Hamas e Hezbollah têm agendas políticas e geopolíticas, as facções criminosas latino-americanas começam a seguir caminhos semelhantes. O documento alerta para a evolução desses grupos em atores quase estatais, buscando influência política para proteger seus interesses econômicos.

O Papel das Facções Criminosas como Atores Políticos

As facções criminosas na América Latina, como o Tren de Aragua da Venezuela e o brasileiro Primeiro Comando da Capital (PCC), são citadas como exemplos de organizações que ampliaram seu controle territorial por meio de violência e alianças estratégicas. Essa expansão é facilitada por atores corruptos e instituições frágeis, o que representa uma ameaça significativa às democracias da região.

Interferência nas Instituições e Governança

A interferência desses grupos nas instituições públicas é visível através de casos de violência política e esforços para imitar funções estatais. Em alguns países, essas organizações fornecem governança local e desenvolvem capacidades militares, desafiando diretamente a autoridade do Estado.

Estrategistas de Infiltração: PCC e Comando Vermelho

Will Freeman, do Conselho de Relações Exteriores, destaca que facções como o PCC e o Comando Vermelho dominam técnicas de infiltração no Estado. Essas organizações não apenas eliminam adversários políticos, mas também utilizam táticas como financiamento de candidatos e acordos secretos com políticos corruptos.

O Crime como Poder Paralelo

Freeman ressalta que, em algumas regiões, o crime organizado opera como um poder paralelo ao Estado. Essas facções possuem suas próprias fontes de receita e podem tanto colaborar quanto combater as autoridades, dependendo do que favorece seus interesses. Esse cenário cria um ambiente em que contratos públicos são usados para lavagem de dinheiro e a administração pública se torna uma ferramenta para negócios ilícitos.

A crescente influência das facções criminosas na política da América Latina levanta preocupações sobre a estabilidade democrática e a segurança regional. A infiltração dessas organizações nas instituições públicas não apenas ameaça a governança, mas também desafia a integridade do Estado de Direito, exigindo uma resposta coordenada e eficaz por parte dos governos locais e internacionais.

Perguntas Frequentes

Qual a preocupação global destacada pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos?

A crescente ameaça do crime organizado na América Latina.

Quais facções criminosas são citadas como exemplos de controle territorial ampliado?

Tren de Aragua da Venezuela e o Primeiro Comando da Capital (PCC) do Brasil.

Quem destaca a infiltração no Estado por facções como PCC e Comando Vermelho?

Will Freeman, do Conselho de Relações Exteriores.

Como o crime organizado opera em algumas regiões?

Como um poder paralelo ao Estado, com fontes de receita próprias.

O que a infiltração das facções criminosas nas instituições públicas ameaça?

A governança e a integridade do Estado de Direito.

Rafael Dias

Rafael Dias

Rafael Dias é jornalista esportivo e apaixonado por futebol desde criança. Escreve no blog Futebol na Web, onde comenta jogos, analisa táticas e compartilha curiosidades do mundo da bola com linguagem leve e acessível. Com olhar crítico e bom humor, atrai leitores que buscam informação com personalidade.

Ver mais posts de Rafael Dias