Deputado propõe Sociedade Anônima Desportiva para revolucionar todas as modalidades esportivas

O deputado federal Sergio Santos Rodrigues (Pode-MG), conhecido por sua experiência à frente do Cruzeiro durante a transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), apresentou um projeto de lei que pode mudar o cenário esportivo brasileiro. A proposta, protocolada no dia 10 de dezembro de 2025 na Câmara dos Deputados, visa criar a Sociedade Anônima Desportiva (SAD), estendendo o modelo jurídico das SAFs para todas as modalidades esportivas do país.

Com a intenção de profissionalizar a gestão e aumentar a captação de recursos, o projeto abre caminho para que esportes além do futebol possam se beneficiar de uma estrutura empresarial mais sólida e transparente. Quer entender como essa mudança pode impactar o esporte nacional? Continue a leitura e descubra os detalhes dessa proposta inovadora.

Como funciona a Sociedade Anônima Desportiva e por que ela é importante?

A Sociedade Anônima Desportiva é um modelo jurídico inspirado nas SAFs, que permite que clubes e entidades esportivas se organizem como empresas, facilitando a atração de investimentos e a gestão profissional. Atualmente, essa estrutura é restrita ao futebol profissional, deixando outras modalidades em situação mais vulnerável diante de desafios financeiros e administrativos.

O projeto de lei nº 6.329/25, apresentado por Sergio Santos Rodrigues, propõe justamente que o formato seja adaptado para outras modalidades, considerando suas especificidades. Isso significa que esportes olímpicos, esportes de base e até modalidades amadoras poderão se beneficiar de uma governança mais eficiente e de maior transparência financeira.

Na visão do deputado, a expansão da SAD pode ajudar a superar problemas históricos enfrentados por muitas modalidades, como a escassez de recursos, a falta de profissionalização e a dependência de receitas incertas, que dificultam o desenvolvimento e a competitividade.

Sergio Santos Rodrigues: experiência que fortalece a proposta

Quem conhece o universo das SAFs sabe que a iniciativa de Sergio Santos Rodrigues não é fruto do acaso. Além de deputado federal pelo Podemos de Minas Gerais, ele é advogado especializado em direito desportivo e tem experiência prática no assunto. Foi presidente do Cruzeiro entre junho e dezembro de 2020, período em que o clube passou pela transformação para o modelo de Sociedade Anônima do Futebol.

Além disso, Rodrigues já atuou no Conselho de Administração do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e é autor do livro Futebol S.A.: Reflexões históricas, jurídicas e econômicas de quem liderou a criação da primeira SAF do Brasil. A obra detalha sua vivência e os desafios enfrentados na implementação desse novo formato no futebol nacional.

Essa bagagem reforça a credibilidade do projeto e a possibilidade de que a SAD seja uma ferramenta eficiente para modernizar a gestão esportiva em diferentes frentes, ampliando o acesso a recursos e investimentos.

O que esperar para o futuro do esporte brasileiro?

O projeto ainda está no início da tramitação no Congresso Nacional, sem previsão de votação, mas já provoca debates importantes sobre o futuro da gestão esportiva no Brasil. Caso aprovado, a Sociedade Anônima Desportiva pode abrir portas para clubes e entidades de várias modalidades, possibilitando a atração de investidores e a profissionalização em níveis antes restritos ao futebol.

Com a SAD, modalidades olímpicas e esportes menos populares podem ganhar maior autonomia financeira e estrutural, contribuindo para o crescimento do esporte nacional como um todo. A iniciativa também pode incentivar transparência e governança, aspectos fundamentais para a credibilidade e sustentabilidade das instituições esportivas.

Enquanto o projeto avança, o cenário esportivo brasileiro observa com atenção essa proposta que pode ser um divisor de águas. A transformação que começou no futebol pode, enfim, alcançar todo o universo esportivo, promovendo mais competitividade e oportunidades para atletas e clubes.

Fique de olho nas próximas fases desse debate, pois o impacto da Sociedade Anônima Desportiva pode ser sentido muito além dos gramados.