Fifa cria fundo para reconstruir o futebol em Gaza e na Palestina

O futebol pode ser um caminho para a esperança em regiões marcadas pela guerra. Nesta semana, o Conselho da Fifa aprovou oficialmente a criação de um fundo especial para financiar a reconstrução das estruturas esportivas em Gaza e na Palestina. A iniciativa, anunciada em outubro pelo presidente da entidade, Gianni Infantino, durante a Cúpula da Paz no Egito, agora ganha força para transformar o futebol em um agente de transformação social nas áreas afetadas pelo conflito.

Essa decisão reforça o compromisso da Fifa em usar o esporte como ferramenta de união e recuperação, principalmente em locais onde o futebol vai muito além do jogo, representando identidade e resistência. Quer saber como esse fundo vai funcionar e qual o impacto esperado? Continue a leitura para entender todos os detalhes dessa importante medida.

Fundo da Paz da Fifa: o que muda para Gaza e Palestina

A criação do chamado Fundo da Paz da Fifa é uma resposta concreta à devastação causada pelos conflitos na Faixa de Gaza e em outras partes da Palestina. Gianni Infantino destacou que o fundo funcionará como um mecanismo internacional aberto para receber doações de diferentes fontes, com supervisão rigorosa para garantir a transparência e o uso correto dos recursos.

Esse fundo vai atuar de forma complementar ao programa Fifa Forward, que já investe em desenvolvimento do futebol ao redor do mundo, mas que não tinha foco específico em regiões pós-conflito. A ideia é que, através desse recurso, seja possível reconstruir estádios, campos de treinamento, centros comunitários e apoiar projetos que incentivem a prática do esporte entre crianças e jovens.

Cúpula da Paz e o papel do futebol na estabilidade regional

A aprovação do fundo aconteceu após a Cúpula da Paz realizada em outubro, em Sharm El-Sheikh, no Egito. O evento reuniu representantes de mais de 20 países, além de autoridades da ONU, do Conselho Europeu e da Liga Árabe, todos com o objetivo de discutir formas de encerrar os conflitos na região e promover a estabilidade no Oriente Médio.

Gianni Infantino foi convidado para participar da cúpula pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que liderou o encontro ao lado do presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi. Apesar da ausência do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e do grupo Hamas, a iniciativa reforçou o papel do futebol como um instrumento capaz de aproximar povos e gerar diálogo.

Fifa e a busca por paz através do esporte

O presidente da Fifa ressaltou que o esporte, especialmente o futebol, tem um poder único de unificar pessoas, mesmo em meio a tensões políticas e sociais. Ao criar um fundo dedicado à reconstrução do futebol em Gaza e na Palestina, a entidade reforça seu compromisso em promover valores que vão além das quatro linhas do campo.

Em dezembro, durante o sorteio dos grupos da Copa do Mundo, Infantino entregou o Prêmio da Paz da Fifa ao então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como reconhecimento de seus esforços diplomáticos. Essa premiação e o novo fundo caminham juntos na missão de usar o futebol como ferramenta para apoiar processos de paz e reconstrução em áreas afetadas por conflitos.

Com a aprovação do fundo, a Fifa dá um passo importante para transformar o futebol em um símbolo de esperança para Gaza e a Palestina. O esporte não é apenas um jogo, mas um canal para reconstruir sonhos, fortalecer comunidades e promover a paz onde ela mais se faz necessária.