A seleção brasileira pré-olímpica sofreu uma derrota por 1 a 0 contra o Paraguai na segunda-feira, aumentando significativamente a possibilidade de ser eliminada dos Jogos de Paris.
No entanto, essa situação pode ter um lado positivo. O técnico Ramon Menezes, por meio de suas escolhas, pode prestar um serviço útil ao futebol praticado no Brasil.
Seria benéfico se a CBF optasse por não enviar uma equipe de futebol masculino para as Olimpíadas, preservando assim os clubes que frequentemente enfrentam desfalques.
Além disso, o futebol masculino nas Olimpíadas tem uma relevância relativamente baixa, com seleções formadas por jogadores secundários e repercussão limitada.
A eliminação da seleção pré-olímpica resolveria esse dilema para os clubes, especialmente em um ano de Copa América.
Vale lembrar que o Brasil já conquistou a medalha de ouro olímpica no futebol masculino em 2016, e a ausência na competição não afetaria essa conquista.
Devido à gestão insatisfatória do treinador, o Brasil encontra-se à beira de se livrar de uma responsabilidade que, embora conveniente para a CBF, acaba prejudicando os clubes.
Essa situação torna-se ainda mais problemática em um ano de Copa América.
Embora as agremiações não sejam obrigadas a liberar seus atletas para o torneio, enfrentam uma delicada encruzilhada.
Isso ocorre porque os jogadores têm um desejo fervente de participar dos Jogos Olímpicos.
Entretanto, é importante ressaltar que os salários dos jogadores, além de sua formação como profissionais do futebol, provêm dos clubes, que investem consideravelmente e dependem de seu desempenho.
Em muitos casos, os clubes costumam pressionar, e até mesmo insistir, para obter a liberação dos jogadores.
Um exemplo disso foi a ausência de Endrick no time do Palmeiras na Supercopa do último domingo, pois o jovem talento estava integrando a equipe pré-olímpica, gerando impactos negativos para o clube.