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Atlético Mineiro: A Saga de Mais uma Derrota Dolorida

23. novembro. 2025
4. Min. de leitura
Atlético Mineiro: A Saga de Mais uma Derrota Dolorida

Atlético Mineiro: A Saga de Mais uma Derrota Dolorida

O estádio em Assunção estava tomado por uma fé quase teimosa. A torcida do Galo, mais uma vez, transformou uma decisão em um espetáculo que nenhum placar consegue traduzir. Os atleticanos foram para o Paraguai de todos os cantos: de carro, de van, de avião. Gente que atravessou estradas, vendeu o que dava, pediu folga no trabalho, remarcou compromisso, gastou o que não tinha, tudo para estar ali, para apoiar, para acreditar que dessa vez seria diferente. O sacrifício de cada torcedor era um lembrete vivo do tamanho desse clube.

Mas o futebol, sempre irônico, voltou a ferir onde a ferida ainda não cicatrizou. O Atlético não perdeu para o adversário com mais qualidade, ele perdeu para si mesmo. Se enroscou nas próprias escolhas, no próprio nervosismo, nos mesmos erros que insistem em se repetir. Na bola na trave, no gol desperdiçado! E isso torna tudo ainda mais dolorido, porque a sensação é de ver um gigante tropeçar no mesmo degrau, de novo.

Drama e Emoção na Decisão

A partida foi até o limite do coração: teve prorrogação, pênalti e drama para um livro inteiro. E quando tudo parecia desabar, surgiu Everson, o herói silencioso que nunca reclama do peso que carrega. Defendeu, segurou, manteve o sonho vivo e ainda converteu o dele com a frieza de quem honra cada centímetro dessa camisa. Fez a parte dele, mais uma vez. Mas a sequência foi cruel e os batedores de pênalti não tiveram o mesmo êxito a favor do Galo.

O Filme Repetido das Derrotas

Mas o filme terminou como nos últimos capítulos recentes. Ano passado, a dor já tinha vindo em dose dupla: final da Libertadores e da Copa do Brasil perdidas. Agora, mais uma. A terceira em tão pouco tempo. Um roteiro que se repete como uma peça maldita, empurrando o torcedor para aquele tipo de tristeza que não vira raiva, vira silêncio, vira lágrima escondida no retorno da viagem, vira a pergunta inevitável: “por quê de novo conosco?”

O Que Falta ao Galo?

A massa deu show. Já o time, não. E faltou algo que todo mundo vê, mas que ninguém da diretoria resolve: falta um camisa 10 e um elenco mais qualificado, justamente para as substituições surtirem efeito de mudança, não de declínio. Falta aquele cérebro no meio-campo que pensa quando o resto esquenta, que acalma quando o jogo enlouquece, que decide quando ninguém mais consegue decidir. O Ronaldinho de 2013, o Nacho de 2021. Saudades!

Protagonismo e Decisão

Falta alguém que assuma o protagonismo que, nessas horas, faz toda a diferença entre vencer e colecionar cicatrizes. Faltou até mais caras que tivessem coragem de se expor ali nas cobranças de pênaltis. Como foram escolhidos os batedores? Qual o vacilo ali na entrada do Reinier? Por que demorou a substituir? Uma pergunta que não adianta mais procurar por respostas. A derrota na final está sangrando.

No fim, o torcedor volta para casa, para a estrada, para o aeroporto, para o banco da van, seja qualquer meio de transporte escolhido, carregando o cansaço da viagem e um peso no peito. Fez tudo o que podia, deu tudo o que tinha. No caminho, ainda a angústia de chegar em casa e poder ver o Flamengo levantar mais um caneco na Arena MRV. E mesmo ferido, o alvinegro continua amando um time que, por vezes, parece não saber o tamanho desse amor.

Porque a torcida do Atlético já encontrou seu caminho faz tempo. O time, ainda não. E enquanto isso não acontecer, o sofrimento continua sendo companhia constante. Ainda que, no que depender das arquibancadas, o show seja sempre garantido.

Perguntas Frequentes

Qual a principal razão da derrota do Atlético Mineiro?

O Atlético perdeu para si mesmo, se enroscando em suas próprias escolhas e erros.

Quem foi o destaque na partida?

Everson foi o herói silencioso, defendendo pênaltis e mantendo o sonho vivo.

O que falta ao Galo para ser mais competitivo?

Falta um camisa 10 e um elenco mais qualificado, especialmente para as substituições surtirem efeito.

Por que a torcida do Atlético continua apoiando mesmo após as derrotas?

A torcida encontrou seu caminho e demonstra amor incondicional, mesmo nos momentos difíceis.

Quais são as críticas em relação à atuação do time na final?

Faltou protagonismo, coragem e decisões mais assertivas, como na escolha dos batedores de pênalti.

Rafael Dias

Rafael Dias

Rafael Dias é jornalista esportivo e apaixonado por futebol desde criança. Escreve no blog Futebol na Web, onde comenta jogos, analisa táticas e compartilha curiosidades do mundo da bola com linguagem leve e acessível. Com olhar crítico e bom humor, atrai leitores que buscam informação com personalidade.

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