CBF Revela Novo Fair Play Financeiro para Clubes Brasileiros

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou, nesta terça-feira (11), um modelo inovador de Fair Play Financeiro que promete revolucionar as finanças dos clubes no Brasil. Inspirado nos regulamentos das principais ligas europeias, o conjunto de regras tem como objetivo trazer mais sustentabilidade ao futebol nacional. O Flamengo, um dos maiores interessados, tem sido um dos principais defensores dessa iniciativa.

O modelo é uma resposta às constantes demandas por maior controle financeiro no futebol brasileiro. A CBF se inspirou nas ligas da Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França, além de considerar sugestões dos próprios clubes. Mas como isso vai funcionar na prática? Continue lendo para entender os detalhes.

Estrutura do Novo Modelo

O Fair Play Financeiro da CBF terá uma implementação gradual, começando em janeiro de 2026. Até 2029, os clubes deverão limitar seus gastos com salários e contratações a, no máximo, 70% de toda a receita arrecadada. Essa medida visa evitar que os times gastem além do que podem pagar, promovendo uma gestão mais equilibrada.

Controle de Dívidas

Outro ponto crítico do novo modelo é o controle das dívidas de curto prazo. A partir de 2029, essas dívidas não poderão ultrapassar 45% do total da receita dos clubes. Embora essa regra entre em vigor mais adiante, o monitoramento começará em 2026, garantindo que todos os clubes se adaptem gradualmente.

Punições para Descumprimento

Para garantir que as regras sejam seguidas, a CBF estabeleceu um sistema de punições progressivas para os clubes que não cumprirem o regulamento. Na primeira infração, o clube deve apresentar um plano de ação para corrigir o problema. Se o descumprimento persistir, as sanções se tornam mais severas.

• Advertência pública: O clube recebe um alerta oficial.
• Multa pecuniária: O clube paga uma multa em dinheiro.
• Retenção de receitas: Parte do dinheiro do clube é retido.
• Transfer ban: Proibição de contratar ou registrar novos jogadores.
• Dedução de pontos: Perda de pontos na tabela do campeonato.
• Rebaixamento: O clube pode ser rebaixado para uma divisão inferior.
• Não concessão ou cassação de licença de clube: Impedimento de participar de competições profissionais.

Próximos Passos e Expectativas

O modelo apresentado ainda é embrionário. A CBF planeja finalizar o regulamento no Summit CBF Academy, em 26 deste mês. Até lá, os clubes têm até o dia 17 para enviar suas sugestões. Caio Rezende, diretor da CBF Academy, ressaltou que a prioridade é criar um ambiente seguro que atraia investimentos, sem comprometer a gestão dos clubes.

Com o Fair Play Financeiro, o Flamengo e outros clubes esperam um futuro mais estável e competitivo. A implementação dessas regras pode mudar a forma como o futebol é gerido no Brasil, trazendo mais equilíbrio e responsabilidade financeira.