Corinthians Apresenta Novo Orçamento para 2026 com Enxugamento de Despesas
O Corinthians se prepara para uma nova fase financeira com a votação do plano orçamentário para 2026, marcada para a próxima segunda-feira (15), no Parque São Jorge. A proposta, que já recebeu o aval do Conselho de Orientação (CORI), visa uma redução significativa nas despesas do clube, em meio a uma crise financeira que se arrasta há anos. Com uma dívida estimada em R$ 2,7 bilhões, o Timão busca reverter os números negativos apresentados em 2025, quando as receitas caíram 23% em comparação ao ano anterior.
A nova projeção orçamentária indica uma arrecadação de R$ 859 milhões, o que representa a menor receita desde 2023, quando o clube conseguiu R$ 937 milhões. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, em 2024, o Corinthians alcançou a impressionante marca de R$ 1,115 bilhão.
Queda nas Receitas e Impacto nas Vendas de Jogadores
Um dos principais fatores que contribuíram para essa queda nas receitas foi a drástica redução na venda de jogadores. Em 2025, o Corinthians arrecadou apenas R$ 106 milhões em transações, um número bem abaixo dos R$ 251 milhões registrados em 2023 e dos R$ 338 milhões de 2024. Isso mostra que a estratégia de vendas do clube não está surtindo efeito como esperado.
Vale lembrar que o plano orçamentário atual foi elaborado sob a gestão de Augusto Melo, que foi afastado por impeachment em maio. Seu sucessor, Osmar Stábile, assumiu em agosto e revisou as previsões, que inicialmente apontavam para um superávit de R$ 37,5 milhões, mas agora indicam um déficit de R$ 83 milhões.
Negociações Recentes e Expectativas Futuras
No final de 2024, a diretoria de Augusto Melo tinha a expectativa de arrecadar R$ 151 milhões com vendas de jogadores. No entanto, as negociações mais recentes não ajudaram a alcançar essa meta. O clube vendeu o lateral-esquerdo Denner para o Chelsea por cerca de R$ 61 milhões e o meia Guilherme Biro para o Sharjah por R$ 14,2 milhões. Além disso, o atacante Kauê Furquim foi negociado com o Bahia por R$ 14 milhões.
O Corinthians também lucrou com a venda de porcentagens de alguns jogadores, como Felipe Augusto, Gabriel Strefazza, João Victor e Raul Gustavo, mostrando que a movimentação no mercado ainda pode trazer algum alívio financeiro.
Para 2026, o plano orçamentário prevê uma nova meta de arrecadação com vendas de atletas na casa de R$ 151 milhões. O foco da gestão é realizar uma reformulação no elenco e enxugar a folha salarial, que deve cair de R$ 435 milhões para aproximadamente R$ 354 milhões, gerando uma economia anual de cerca de R$ 6,2 milhões.
O Fim da Era ‘Clube do Bilhão’
Recentemente, o Corinthians foi um dos três clubes brasileiros a ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão em receitas, ao lado de Flamengo e Palmeiras. Contudo, a situação atual é preocupante. A previsão para 2026 é de que a receita total com pessoal, incluindo jogadores e funcionários, caia de R$ 505 milhões para cerca de R$ 410 milhões, uma redução de quase 19%.
Além disso, o Timão ainda tem chances de aumentar suas receitas nesta temporada, dependendo do desempenho na Copa do Brasil. A vaga na semifinal já garantiu R$ 9,9 milhões, e o vice-campeão da competição receberá R$ 33 milhões, enquanto o campeão levará R$ 77 milhões.
Com um cenário desafiador pela frente, a torcida do Corinthians espera que as mudanças propostas pela nova gestão possam trazer um novo fôlego ao clube e, quem sabe, um retorno aos dias de glória.
Perguntas Frequentes
Qual é a previsão de arrecadação do Corinthians para 2026?
A previsão é de R$ 859 milhões, a menor desde 2023.
Quem é o sucessor de Augusto Melo na gestão do Corinthians?
Osmar Stábile assumiu a gestão em agosto.
Quais foram as recentes negociações de jogadores do Corinthians?
Denner, Guilherme Biro e Kauê Furquim foram vendidos, entre outros.
Qual é a meta de arrecadação com vendas de atletas prevista para 2026?
A meta é de R$ 151 milhões.
O que levou à redução nas receitas do Corinthians?
A drástica redução na venda de jogadores contribuiu para a queda nas receitas.