Flamengo provoca debate sobre gramado sintético e questiona uso no futebol brasileiro

O Flamengo voltou a agitar a discussão sobre o uso de gramados sintéticos no futebol profissional. Em um vídeo publicado pela FlamengoTV, o clube lançou críticas diretas à presença do piso artificial em competições nacionais, destacando a ausência dessa tecnologia nas principais ligas e torneios do futebol mundial.

Com uma abordagem clara e provocativa, o vídeo instiga o torcedor a refletir sobre o impacto do gramado sintético na saúde dos jogadores e na qualidade do jogo. Quer saber por que o tema está em alta e o que o clube carioca tem a dizer? Continue lendo para entender os detalhes dessa polêmica.

Por que o gramado sintético é rejeitado no futebol de elite?

Logo no início do vídeo, o Flamengo questiona a razão pela qual nenhuma das grandes competições do futebol europeu utiliza gramado sintético. A Premier League e a Champions League são citadas como exemplos onde o piso artificial é totalmente ausente. Segundo o clube, essa decisão está diretamente ligada ao respeito pelo jogo e pela saúde dos atletas.

O vídeo destaca que, enquanto o futebol europeu prioriza a qualidade do gramado natural para preservar o desempenho e a integridade física dos jogadores, o cenário no Brasil ainda é dividido. O Flamengo reforça que essa é uma “não discussão” na Europa, onde o piso sintético não é sequer cogitado em competições de alto nível.

Comparações com o Mundial de Clubes e a NFL reforçam a crítica

O vídeo também chama atenção para o Mundial de Clubes, ressaltando que, mesmo disputado fora dos grandes centros, o torneio apresenta gramados naturais de altíssimo padrão. Essa referência serve para evidenciar que é possível manter a qualidade dos campos mesmo em locais menos tradicionais.

Outro ponto levantado é a comparação com a National Football League (NFL), principal liga de futebol americano dos Estados Unidos. No vídeo, o Flamengo destaca que, apesar da NFL usar gramados artificiais há anos, cerca de 90% dos jogadores desaprovam o piso sintético, preocupados com os impactos físicos e as consequências para suas carreiras após o fim da atividade profissional.

“Mais de 60% deles se preocupam com a sequência das suas vidas pessoais por conta do impacto do piso sintético nas suas carreiras e nas suas vidas”, afirma o conteúdo divulgado, reforçando a visão de que o piso artificial pode trazer riscos significativos aos atletas.

Gramado sintético no Brasil: polêmica e resistência de clubes

Nos últimos dias, o debate sobre o gramado sintético ganhou força no Brasil. Durante o Conselho Técnico do Campeonato Brasileiro de 2026, realizado em 11 de maio, Flamengo e Fluminense pressionaram a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que fosse proibido o uso do piso artificial na competição. Apesar disso, a entidade optou por manter a permissão vigente.

Para a próxima temporada, cinco clubes da Série A já possuem gramados sintéticos confirmados em seus estádios: Palmeiras, Atlético-MG, Botafogo, Athletico-PR e Chapecoense. Essas equipes chegaram a emitir uma nota conjunta defendendo o uso do piso artificial, citando vantagens como menor custo de manutenção e maior resistência a condições climáticas adversas.

Essa divisão de opiniões mostra que o tema ainda está longe de ser resolvido no futebol brasileiro, com argumentos fortes de ambos os lados. O Flamengo, no entanto, segue firme na posição contrária, colocando o foco na saúde dos jogadores e na qualidade do espetáculo.

O debate sobre o gramado sintético promete continuar aquecido nos próximos anos, especialmente com a ampliação do uso da tecnologia em clubes importantes do país. Enquanto isso, o Flamengo mantém sua postura clara, questionando o futuro do futebol brasileiro em campos artificiais.