Fifa cria fundo para reconstrução do futebol em Gaza e Palestina pós-conflito

O Conselho da Fifa aprovou oficialmente a criação de um fundo destinado a financiar a reconstrução das estruturas de futebol na Faixa de Gaza e em toda a Palestina. A iniciativa, anunciada pelo presidente Gianni Infantino em outubro durante a Cúpula da Paz no Egito, visa usar o esporte como ferramenta de união e recuperação em regiões afetadas por conflitos. O fundo, que poderá ser chamado de Fundo da Paz da Fifa, pretende apoiar a retomada das atividades esportivas e sociais em áreas devastadas, promovendo esperança e estabilidade.

Com a decisão formalizada, o projeto ganha força para receber contribuições de terceiros e será gerido com rigorosa supervisão financeira. A medida reforça o compromisso da entidade máxima do futebol mundial em ampliar seu papel social e humanitário, especialmente em locais marcados por tensões e crises. Acompanhe os detalhes dessa iniciativa que promete transformar o cenário do futebol palestino e fortalecer o papel do esporte na construção da paz.

Iniciativa da Fifa para ajudar regiões pós-conflito

A ideia do fundo surgiu durante a Cúpula da Paz realizada em Sharm El-Sheikh, no Egito, em outubro de 2025, encontro que reuniu líderes mundiais e representantes de organizações internacionais para discutir soluções que possam contribuir para a estabilidade no Oriente Médio. Gianni Infantino, presente ao evento a convite do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacou a importância do futebol como elemento unificador e instrumento para a reconstrução social.

“Tenho o prazer de informar que o Conselho da Fifa aprovou hoje a criação de um fundo de recuperação pós-conflito”, publicou Infantino em suas redes sociais. Ele explicou que o fundo será um mecanismo complementar ao Programa Fifa Forward, já existente, e que terá regras claras para garantir transparência e eficiência na aplicação dos recursos. A iniciativa vai além do esporte, buscando ter impacto positivo nas comunidades locais.

Contexto político e ausência de alguns líderes na Cúpula

A Cúpula da Paz contou com a presença de chefes de Estado ou seus representantes de mais de 20 países, além de autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU), do Conselho Europeu e da Liga Árabe. Apesar do esforço diplomático, alguns atores-chave da região, como o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o grupo Hamas, optaram por não participar nem enviar representantes ao encontro.

Essa ausência reforça o desafio de alcançar um consenso mais amplo para a paz na região, mas a Fifa aposta que o futebol pode servir como um canal para diálogo e reconciliação. A criação do fundo demonstra que, mesmo diante de obstáculos políticos, o esporte pode ser um agente de transformação social e esperança para populações afetadas por conflitos.

O papel do futebol na reconstrução social

O futebol é mais do que um jogo em muitos lugares do mundo — é uma linguagem universal capaz de aproximar pessoas, criar vínculos e incentivar valores como respeito, disciplina e trabalho em equipe. No contexto da Palestina, onde a população enfrenta dificuldades diárias causadas por conflitos, a reconstrução das estruturas esportivas pode representar uma chance real de resgate social e cultural.

Com o Fundo da Paz da Fifa, espera-se que clubes, escolinhas e projetos sociais sejam apoiados para retomar suas atividades, garantindo que crianças e jovens tenham acesso ao esporte em condições dignas. Essa ação pode ajudar a afastar os jovens da violência, promover inclusão e fortalecer o sentimento de pertencimento a uma comunidade, mostrando que o futebol pode ser uma ferramenta poderosa para a paz.

O compromisso da Fifa, agora oficializado, reforça a importância do esporte como agente de mudança e dá um passo concreto para apoiar a reconstrução do futebol em Gaza e na Palestina. Resta acompanhar a evolução do fundo e o impacto que ele terá no futuro do futebol e da sociedade local.