Treinador Abel Braga se Envolve em Polêmica com Comentário sobre Cor de Camisa

O técnico Abel Braga, do Internacional, foi alvo de críticas após uma declaração polêmica durante uma coletiva de imprensa. A fala, que mencionava a cor rosa de forma depreciativa, gerou uma onda de repercussão tanto no Brasil quanto internacionalmente, sendo classificada como um “escândalo” por veículos de diversos países.

Abel, que havia deixado a aposentadoria para assumir o comando do time sem remuneração, manifestou-se posteriormente para se desculpar pelo ocorrido. No entanto, a controvérsia já havia ganhado grande proporção, envolvendo até ações de movimentos sociais.

Repercussão e Pedido de Desculpas

Após a repercussão negativa, Abel Braga utilizou suas redes sociais para publicar um pedido de desculpas. O treinador, de 73 anos, reconheceu que sua colocação sobre a cor rosa não foi adequada e enfatizou que “cores não definem gêneros; o que define é caráter”. Abel também destacou a necessidade de paz e muito trabalho no Internacional.

Movimentos Sociais e Denúncias

O Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+ entrou com uma denúncia formal na tentativa de coibir discursos discriminatórios no futebol. Segundo representantes do grupo, a retratação de Abel foi motivada apenas pela pressão da opinião pública e não resolve a questão de fundo.

Para os movimentos sociais, o padrão de pedir desculpas rapidamente após declarações preconceituosas cria uma falsa sensação de resolução. Eles defendem que é preciso mais do que palavras para combater a discriminação no esporte.

Reação de Rivais e Oportunidade de Mercado

A polêmica também foi aproveitada por rivais, como o Grêmio, que rapidamente lançou uma promoção de suas camisas rosa. O clube se posicionou como “Clube de Todos” nas redes sociais, oferecendo descontos de até 28% em seus produtos, em uma clara alusão ao episódio envolvendo Abel Braga.

Essa ação do Grêmio não passou despercebida e gerou comentários tanto de apoio quanto de críticas, mostrando que o episódio transcendeu o futebol e abriu uma discussão mais ampla sobre inclusão e respeito.

Embora a situação tenha se acalmado, a discussão sobre a responsabilidade de figuras públicas no combate ao preconceito no esporte continua. A expectativa é que a partir desse episódio, clubes e profissionais do futebol se posicionem de forma mais clara e proativa em relação ao tema.