Careca Bianchesi: de ídolo do Palmeiras a comentarista no México, veja sua trajetória

Careca Bianchesi marcou época no futebol brasileiro no final dos anos 1980 e início dos 1990. Conhecido pela presença de área, velocidade e muita garra, o atacante construiu uma carreira sólida jogando por clubes do Brasil, Itália e México, além de vestir a camisa da Seleção Brasileira no começo da década de 1990. No Palmeiras, viveu seus melhores momentos, tornando-se referência ofensiva em um período de reconstrução do clube.

Passados mais de trinta anos desde sua fase mais brilhante, Careca Bianchesi segue lembrado com carinho pelos torcedores do Guarani e do Palmeiras. Mesmo aposentado dos gramados desde os 33 anos, ele continua ativo no mundo esportivo, agora longe do Brasil. Quer saber onde e como ele vive hoje? Continue a leitura e confira um panorama completo da carreira e da vida atual do ex-atacante.

Da base do Marília ao destaque no Palmeiras

Careca Bianchesi iniciou sua carreira nas categorias de base do Marília, onde logo chamou atenção por sua explosão física e faro de gol. Versátil, podia atuar tanto como centroavante quanto como segundo atacante. Em 1988, foi contratado pelo Guarani, que buscava renovar seu ataque após a saída de jogadores importantes.

Apesar de começar como reserva no Paulistão daquele ano, Careca participou de um lance histórico: o cruzamento que resultou no gol de bicicleta de Neto na final contra o Corinthians. Esse momento elevou seu nome no cenário nacional e abriu as portas para sua transferência ao Palmeiras em 1989, junto com o próprio Neto.

No Palmeiras, Careca precisou de um tempo para se firmar, mas em 1990 virou o principal atacante do time no Campeonato Brasileiro. Sua força física, posicionamento e personalidade conquistaram a torcida, que via nele uma peça fundamental em meio a constantes mudanças no elenco. O desempenho chamou atenção da Europa, preparando o terreno para o próximo passo na carreira.

Experiência na Europa e consagração no México

Ao final de 1990, Careca foi vendido para o Atalanta, da Itália, em uma negociação que envolveu o retorno de Evair ao Palmeiras. Na Serie A, enfrentou desafios com o estilo tático rigoroso e problemas físicos, o que limitou sua passagem pelo futebol italiano. Depois de atuar em outros clubes europeus, recebeu o convite para jogar no México, onde encontrou novo fôlego.

No Monterrey, Careca viveu uma fase de sucesso, conquistando a Copa do México em 1992 e a Recopa Concacaf em 1993. Sua capacidade de decidir partidas importantes o tornou ídolo da torcida local. Ainda jogou pelo Veracruz entre 1995 e 1996, antes de retornar ao Monterrey em 1997, onde manteve seu prestígio graças ao rendimento e à competitividade.

Seleção Brasileira e vida pós-carreira

Careca Bianchesi também vestiu a camisa da Seleção Brasileira no início dos anos 1990, com 12 jogos e um gol. Participou da Copa América de 1991, mas seu momento mais lembrado foi a expulsão quase imediata em um clássico contra a Argentina, após um lance duro com Ruggeri.

Uma lesão grave no ligamento cruzado acelerou o fim da carreira, que terminou aos 33 anos após a última passagem pelo Monterrey. Estabelecido no México, Careca decidiu fincar raízes em Guadalajara, onde hoje atua como comentarista esportivo na Rádio Azteca e apresenta programas na TV local.

Além da carreira na mídia, ele administra uma imobiliária e mantém forte ligação com o esporte participando de torneios de padel, modalidade que cresce rapidamente no país. Casado e pai de três filhos, Careca leva uma vida tranquila e é uma figura querida tanto pela comunidade local quanto pelos fãs de futebol.

Careca Bianchesi segue presente no universo esportivo mexicano, combinando sua experiência como ex-jogador com a atuação na comunicação e o envolvimento em eventos esportivos, mantendo viva sua paixão pelo futebol mesmo longe dos gramados.