Ciúmes e Tragédia: Os Bastidores do Crime que Chocou a Comunidade

Na última quarta-feira (12), a polícia prendeu Luan, acusado de assassinar Rayana, após passar três dias escondido em uma mata próxima ao local do crime. Luan confessou o ato, alegando que foi um crime passional, motivado por ciúmes. O caso, que chocou a comunidade, levanta debates sobre a violência doméstica e suas consequências.

As advogadas de defesa, Lohany Caldas e Maria Carolina Porto, já preparam a audiência de custódia, que ocorrerá na manhã desta sexta-feira (14). Em nota, lamentaram o ocorrido e expressaram solidariedade aos familiares da vítima.

Um Crime Sem Remorso

Durante o interrogatório, a delegada Raffaela Aguiar, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), relatou que Luan demonstrou frieza e falta de arrependimento. Segundo a delegada, ele confessou o crime, mas sua postura corporal evidenciava a ausência de remorso. A motivação seria uma foto do ex-companheiro de Rayana, encontrada pelo filho da vítima.

Reação da Defesa

A defesa de Luan argumenta que sua linguagem corporal era reflexo de cansaço, após passar dias sem dormir. As advogadas afirmam que, posteriormente, ele demonstrou arrependimento e remorso. Elas reafirmaram confiança na Justiça, esperando que todas as circunstâncias sejam devidamente apuradas.

Entendendo a Motivação: Ciúmes e Violência

O crime foi presenciado pelo filho de Rayana, de apenas 5 anos, o que torna o caso ainda mais perturbador. Luan, em um ato de frieza, não se importou com a presença da criança. A delegada Raffaela questionou como ele pôde agir com tamanha indiferença, mas a resposta foi igualmente fria: “ele estava tranquilo, assistindo televisão”.

Histórico de Agressões

Luan já havia agredido Rayana em ocasiões anteriores. Em uma viagem ao Rio de Janeiro, a vítima conseguiu uma medida protetiva. No entanto, em agosto deste ano, após uma nova agressão, a denúncia foi retirada, resultando na soltura de Luan. A delegada ressalta a importância de não ignorar sinais de violência doméstica, que podem escalar para tragédias como o feminicídio.

Família Enlutada e Busca por Justiça

Rayana deixa quatro filhos, que agora enfrentam a dor da perda. A filha mais velha, Khauny Rios, testemunhou o crime e relatou a desesperada ligação da mãe momentos antes do assassinato. Khauny tentou intervir e desarmar Luan, mas ele fugiu do local.

Durante as buscas, o pai de Luan ofereceu apoio à polícia, mas o suspeito hesitou em se entregar. Ele está preso temporariamente, acusado de feminicídio e tentativa de homicídio contra um motociclista que tentou intervir durante a agressão.

O caso de Rayana é um lembrete sombrio das consequências devastadoras da violência doméstica e da urgência em proteger as vítimas. A comunidade aguarda justiça enquanto a família se esforça para reconstruir suas vidas após a tragédia.