CEO do Vasco Explica Recuperação Judicial como Estratégia de Sobrevivência
Durante o evento Conexão Governança – Capítulo Rio de Janeiro, Carlos Amodeo, CEO da SAF do Vasco, revelou que a recuperação judicial do clube foi uma “medida de sobrevivência” diante de um cenário financeiro crítico. O executivo destacou os desafios enfrentados e os passos futuros para estabilizar o clube carioca.
Amodeo compartilhou que, ao assumir a administração, se deparou com uma situação econômica preocupante, repleta de dívidas acumuladas ao longo dos anos. O executivo defendeu a decisão de entrar em recuperação judicial como a única saída viável para evitar um colapso financeiro.
Crise Econômica e Dívidas Crescentes
O CEO do Vasco detalhou o quadro alarmante encontrado pela nova gestão. Segundo ele, o clube acumulava cerca de 200 milhões de reais em dívidas relacionadas à aquisição de atletas e luvas, que já estavam vencidas e não pagas. Além disso, o orçamento de 2025 contava com um aporte de 330 milhões de reais da 777 Partners, valor que nunca foi garantido.
Estudo Financeiro Revela Déficit Assustador
Para compreender melhor a situação, a SAF do Vasco contratou a consultoria Alvarez & Marsal. O estudo apontou um déficit crescente de caixa, que poderia chegar a até 900 milhões de reais em 2029. Essa análise reforçou a necessidade de uma reestruturação profunda e urgente.
Estratégia de Recuperação e Negociações
Com o diagnóstico em mãos, a equipe do Vasco explorou diversas alternativas de reestruturação financeira. No entanto, nenhuma delas era suficiente para estabilizar o clube no curto prazo. Assim, a recuperação judicial foi escolhida como a única solução viável.
Mediação e Acordos com Credores
Antes de formalizar o pedido de recuperação judicial, o Vasco estruturou uma mediação com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para negociar com credores trabalhistas. Essa estratégia garantiu o apoio necessário para o plano de recuperação, que foi aprovado por 98% dos credores.
Um Novo Horizonte para o Vasco
Com a aprovação do plano de recuperação judicial, o Vasco agora aguarda a homologação final para iniciar a execução completa das medidas propostas. Amodeo acredita que a reorganização do passivo coloca o clube em uma posição mais favorável para atrair novos investimentos e recuperar o protagonismo esportivo.
O executivo está otimista quanto ao futuro do Vasco, destacando que a reorganização das dívidas torna o clube um ativo atrativo para investidores. A expectativa é que, com uma gestão financeira sólida, o Vasco possa retomar seu lugar de destaque no cenário esportivo brasileiro.
Perguntas Frequentes
Qual foi a justificativa para a recuperação judicial do Vasco?
Carlos Amodeo, CEO do Vasco, considerou a recuperação judicial como uma 'medida de sobrevivência' diante do cenário financeiro crítico.
Quais eram os principais desafios financeiros enfrentados pela nova gestão do Vasco?
A nova gestão do Vasco se deparou com uma situação econômica preocupante, repleta de dívidas acumuladas ao longo dos anos.
Quanto o clube acumulava em dívidas relacionadas à aquisição de atletas e luvas?
O clube acumulava cerca de 200 milhões de reais em dívidas relacionadas à aquisição de atletas e luvas.
Qual consultoria foi contratada para analisar a situação financeira do Vasco?
A SAF do Vasco contratou a consultoria Alvarez & Marsal para analisar a situação financeira do clube.
Como o Vasco garantiu o apoio dos credores para o plano de recuperação judicial?
Antes de formalizar o pedido de recuperação judicial, o Vasco estruturou uma mediação com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para negociar com credores trabalhistas.